Após um ano de sucessivas reduções no índice de inflação mensal, a taxa de pobreza na Argentina caiu para 38,1% no segundo semestre de 2024, conforme dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (31). Essa redução representa uma queda significativa de 14,8 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre do mesmo ano, quando a pobreza atingiu 52,9%, o maior índice das últimas duas décadas.
A diminuição da pobreza acompanha a desaceleração da inflação, que caiu de um pico anual de 289% em abril de 2024 para 66% em fevereiro de 2025. Essa estabilização dos preços permitiu uma recuperação gradual dos salários reais, contribuindo para a melhora nos indicadores sociais.
No entanto, apesar da queda nos índices de pobreza, muitos argentinos ainda enfrentam dificuldades devido aos cortes de subsídios que elevaram os preços de serviços essenciais, como luz, água e transporte. Além disso, a pobreza infantil permanece alarmante, afetando 51,9% das crianças entre 0 e 14 anos.
Geograficamente, as regiões do nordeste e noroeste do país apresentam os maiores índices de pobreza, enquanto o sul registra os menores. O governo de Javier Milei atribui a redução da pobreza às políticas econômicas implementadas, incluindo medidas de austeridade e reformas estruturais. Contudo, especialistas alertam que a sustentabilidade dessa melhora depende da continuidade da estabilidade econômica e do fortalecimento dos programas sociais.
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