“As outras 19 equipes gostariam de estar no nosso lugar”, afirma Mancini

Comandante destaca importância da postura da equipe e reforça que enfrentar o Avaí, apesar da má fase, não será tarefa simples

“As outras 19 equipes gostariam de estar no nosso lugar”, afirma Mancini

Na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Goiás foi surpreendido em casa e acabou derrotado pelo Botafogo-SP por 3 a 2, resultado que marcou apenas o segundo revés do Esmeraldino como mandante na competição. Mesmo com o tropeço no Hailé Pinheiro, a equipe alviverde segue na liderança da tabela com 44 pontos, um a mais que o Coritiba, atual vice-líder. Após a partida, o técnico Vagner Mancini reconheceu falhas, mas destacou que o momento exige equilíbrio nas análises e valorização da campanha até aqui.

 

“Nós temos que entender que um time de futebol é formado por 11 jogadores, aqueles que entram. A gente não pode, especificamente, jogar a culpa em cima de um atleta ou de um setor, nós temos que ser muito mais amplos para que a gente entenda e possa desenvolver um trabalho bem feito”, explicou o treinador.

 

“Todos eles têm, logicamente, o seu peso, são engrenagens de uma máquina que funciona, mas ao mesmo tempo a gente não pode escolher um a cada rodada, porque senão, daqui a pouco a gente vai inverter as coisas e vai passar, ainda botar mais pressão em cima dos atletas quando, na verdade, o Goiás é líder do campeonato, as outras 19 equipes gostariam de estar no nosso lugar e a gente tem que valorizar isso. A gente não pode achar que está tudo errado, não, porque nós perdemos uma partida dentro de casa. Acho importante passar isso para todo mundo, que nós somos líderes do campeonato e é óbvio que com dificuldade em algumas partidas, como todas as outras equipes têm”, completou.

 

De olho na recuperação, o Goiás agora se prepara para enfrentar o Avaí no próximo domingo (7/9), às 20h30, no estádio da Ressacada, em Florianópolis. O adversário, atualmente 12º colocado com 33 pontos, vive um momento de instabilidade: não vence há três jogos e ainda enfrenta problemas extracampo. Apesar disso, Mancini fez questão de ressaltar que o cenário não garante facilidades ao Esmeraldino.

 

“Olha, depende, às vezes isso torna o grupo de jogadores muito mais resiliente, porque você viver uma dificuldade dessa, você não ter como honrar os seus compromissos, realmente é difícil, impacta no emocional de qualquer pessoa, mas ao mesmo tempo, quando você está num grupo de pessoas e você tem que fazer pactos todos os dias para que as coisas melhorem. Às vezes isso acaba te gerando uma energia maior e você sabe que a única maneira de mudar essa situação, e eu já vivi isso em muitos clubes, é exatamente você vencendo as partidas para que mais pessoas se sensibilizem com a tua causa e isso gera uma expectativa melhor, então é sempre um jogo perigoso você enfrentar uma equipe que passa por isso, todas as equipes do Brasil já viveram isso em algum momento”.

 

“Eu acho que a facilidade ou a dificuldade de um jogo de futebol, ela está muito atrelada àquilo que você faz dentro da partida e para isso eu espero que o Goiás esteja forte mentalmente, emocionalmente e fisicamente, organizado em campo, porque nós sabemos que é uma equipe que até o outro dia estava brigando na parte de cima da tabela, então nós não vamos encontrar facilidade não”, completou Mancini.